A insuficiência renal é uma doença silenciosa que afeta milhões de pessoas em todo
o mundo. No Brasil, um em cada dez brasileiros convive com algum grau da doença, muitas vezes sem saber. A prevenção e o diagnóstico precoce são fundamentais, pois os sintomas podem demorar a aparecer, e quando surgem, a doença já pode estar em estágios avançados.
O que é a insuficiência renal?
A insuficiência renal ocorre quando os rins perdem sua capacidade de filtrar o sangue adequadamente, levando ao acúmulo de toxinas no organismo. Essa condição pode ser classificada como aguda (quando ocorre de forma rápida e pode ser reversível) ou crônica (quando a função renal vai se deteriorando progressivamente e de forma irreversível).
Fatores de risco e medidas preventivas da insuficiência renal
Algumas condições aumentam significativamente o risco de desenvolver
insuficiência renal, como:
Hipertensão arterial
Diabetes
Tabagismo
Obesidade
Glomerulonefrites
Histórico familiar de doença renal
Para prevenir a doença, é essencial manter hábitos saudáveis, como:
Controlar a pressão arterial e os níveis de açúcar no sangue
Ter uma alimentação equilibrada e com pouco sal
Beber bastante água
Evitar o uso excessivo de medicamentos sem orientação médica
Praticar atividades físicas regularmente
Realizar exames periódicos para monitorar a função renal
Tratamento e a realidade da diálise no Brasil
Nos estágios avançados da insuficiência renal, a DIÁLISE se torna essencial para
substituir a função dos rins. No Brasil, a maioria dos pacientes depende do Sistema
Único de Saúde (SUS) para realizar esse tratamento. No entanto, o país enfrenta uma
grave crise humanitária no setor, devido ao subfinanciamento crônico, o que
compromete a qualidade e o acesso ao tratamento.
As TERAPIAS RENAIS SUBSTITUTIVAS (TRS), também conhecidas como DIÁLISE são procedimentos que realizam exatamente a função do rim em nosso corpo, retirando as substâncias tóxicas, água, sal e sais minerais, além de controlar a produção de vitamina D e da eritropoetina, fundamental para saúde do osso e controle da anemia. O tratamento é
imprescindível para manter a vida da pessoa que perdeu a função renal.
Temos 3 tipos:
1) HEMODIÁLISE
É um procedimento que realiza a filtragem das substâncias indesejáveis do sangue através de uma máquina, ou seja, o procedimento funciona como um rim artificial. Nessa máquina existe um filtro, chamado dialisador (rim artificial), usado para limpar o sangue.
O sangue é bombeado por meio de um cateter (tubo) ou de uma fístula arteriovenosa (ligação entre uma artéria a uma veia – veja na imagem abaixo) e passa através da linha arterial do dialisador, onde o sangue é filtrado e retorna ao paciente pela linha venosa.

O paciente realiza três ou até quatro sessões por semana, que podem durar em torno de 4 horas ou conforme prescrição médica. Segundo a literatura podem variar os parâmetros da sessão como tempo, frequência e outras necessidades conforme o quadro clínico do paciente e a análise da equipe médica. Crianças e adultos de grande porte podem necessitar de um tempo maior.
2) DIÁLISE PERITONEAL
Diferente da hemodiálise, que requer uma máquina para filtrar o sangue, esta forma de diálise pode ser realizada em casa, de maneira mais flexível, usando o peritôneo, uma membrana que reveste os órgãos internos do abdômen como filtro de forma a remover as toxinas e líquido em excesso do corpo. dando mais independência ao paciente.
É uma alternativa que permite ao paciente realizar o tratamento em casa, proporcionando mais autonomia e qualidade de vida, mas requer cuidados especiais com o catéter e o ambiente para evitar infecções. Apesar dos benefícios, menos de 4% dos pacientes no Brasil utilizam essa modalidade, muitas vezes por falta de informação e acesso.

3) TRANSPLANTE RENAL
É o tratamento definitivo com o implante de outro rim sadio no paciente através de uma cirurgia que pode ser efetuada através de doador vivo relacionado ou cadáver.
Cuide da sua saúde renal em 2025
A insuficiência renal pode ser evitada com prevenção e acompanhamento médico.
Devemos dar mais atenção à saúde dos rins, promovendo conscientização, diagnóstico precoce e ampliando o acesso a tratamentos mais eficazes.
Cuidar dos rins é cuidar da vida!
Se informe, se cuide e compartilhe essa ideia.
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